segunda-feira, 23 de abril de 2012

Estar índio é profissão de branco


por Caliana Mesquita

Que ironia é o nosso Brasil. Donos viram invasores da própria terra. Vitima se torna réu de um direito já cansado de tanto esperar no meio da cama de gato que são os artigos da nossa constituição. Leis "malemolentes" que driblam a justiça da própria justiça. Neste país existe muito Cacique para pouco índio ou índio de mais para pouca terra?

O Brasil foi descoberto e os anfitriões deste paraíso foram os donos dele. Os homens nus, que falavam tupi, comiam raiz e caçavam com lança e flecha. Brasileiros que durante - sabe lá por quantos milênios- zelaram da terra dos Deuses para servir de fascínio aos homens brancos, que não tinham se quer noção do estava a descobrir e resolveram cobrir.

Cobriram o corpo, a alma, enterraram a cultura nos solos férteis deste país e se apossaram dela, sem saber como semear sua historia. Mas cultura nativa é como mata virgem, uma vez plantada sobre solos fortes criam raízes que atravessam fronteiras e o tempo, e se tornam vegetações grandiosas, capazes de cobrir hectares de terras secas e improdutivas, pela grandeza de suas ramificações se expandindo pelo solo deixando a sensação de posse do que dela por direito.
Um direito que os brancos tentam camuflar em meio as construções e criações de gado, mas se contra fatos não há argumentos a história se faz de documento. Recompensar os índios pelos erros dos descobridores do Brasil é justo, desde que os reivindicadores das terras sejam índios e não apenas estejam índios. Que andem nus, falem tupi, usem os instrumentos e pratiquem a cultura indígena. Que comprem a briga dos seus antepassados, que lutem pela permanência da historia do seu povo e façam destas terras suas aldeias, proliferando a cultura dos Pajés, dos Caciques, dos brasileiros de origem.


Mas que direito se pode ter caras pintadas de tinta guache, que suam tênis nike, bebe coca cola e lancha no mcdonald’s? Que cultura se estar a preservar dentro de um movimento revolucionário, de membros políticos que usam o tipo do seu sangue para inibir o direito do outro? Onde estão os índios dignos dos salários, pagos pelo governo federal para a preservação desta cultura? Quem são os Caciques destas "tribos"? Quem são os índios do Brasil?

Se vale a pena preservar o passado devemos conservar o presente para termos o que ver no futuro. E índio sem arco, flecha, pena e tribo é como negro alforriado, tornasse um cidadão comum com direitos e deveres iguais a todos, sendo responsavel pela construção da sua terra.
Deixemos então as fazendas e os recursos do governo para os indios de verdade, para os nativos da cultura tupi, para os preservadores da historia do Brasil. Polpemos o Estado desta culpa de bancar o lazer de indios loiros de olhos azuis, que falam Ok e que exigem pensão pelos 5% de sangue "amarelo" que eventualmente se encontra por debaixo a pele branca do oportunismo, de se viver de um passado, que raramente se encontra empreguinado no sangue vermelho destes homens, que estão índios, mas que há muito tempo deixaram de ser índios.

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